Inspirada na joalheria africana, rica em sua variedade de cores, formas e texturas, Renata Porto apresenta sua nova coleção de acessórios. Os lançamentos contemplam colares, pulseiras, brincos e anéis, tudo desenvolvido com lã de carneiro. Algumas peças são fundidas em osso de choco, uma espécie de animal marinho. Essa técnica antiga de execução de joias não utiliza maquinários.
“Fui buscar inspiração na joalheria africana por ter uma função social que extrapola seu efeito visual. Os objetos que são tidos como acessórios de vestuário, adorno de cabeça, pescoço, orelhas, braços e dedos, têm papel político, social e religioso muito significativo”, explica Renata. A artista utiliza a lã não cardada e já tingida para construir tecidos, cordões e objetos. E garante que cada peça é exclusiva na forma, na cor e nos detalhes.
Ornamentos como amuletos, caveiras, espelhos, essências, miçangas, pedras e peças fundidas em prata serviram como base de inspiração. “Toda joia africana é muito presente devido à força de sua composição. Cada elemento constante no objeto tem uma presença significativa”, explica.
Renata é formada em desenho industrial pela Faap, em São Paulo, e se especializou em joalheria contemporânea em Lisboa. Seu trabalho é marcado pela mistura de prata, ouro, pedras, pérolas e outros materiais experimentais, como lã, borracha hidráulica, nylon e porcelana.